quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Criança tem o direito de ser educada pela palmada dos pais e não pelo cassetete da polícia.

Será que vivemos num mundo de faz de contas ? Onde todas as crianças são boazinhas e obedientes aos pais ?
Na prática a teoria é outra. O que vemos são crianças birrentas e cheias de vontades, até mesmo incentivadas pela mídia e pelas cartilhas de esclarecimentos que lhes dizem ser portadoras de inúmeros direitos. Só não lhe diz que direito é uma conquista, e que precisa da contra-partida de um dever.
Se o Estado não permite que os pais eduquem seus filhos, o Estado está preparado para assumir esse papel ?
Que exemplo o Estado tem dado como educador ? Basta olhar como funciona a “ressocialização” aplicada nas cadeias e nos abrigos, verdadeiras escolas de violência e marginalidade.
Leis para punir pais agressores já existem, então, qual o verdadeiro sentido da lei que proíbe pai de impor limite à um filho desobediente e birrento ?  À quem realmente interessa essa lei ?
E quando os pais esgotarem todos os “argumentos” e mesmo assim o filho insistir em não lhe obedecer ou respeitar ?, À quem os pais devem recorrer ? Entregar o filho ao Estado ?
Pergunto-me como ficam as campanhas de adoção. Qual o argumento para convencer alguém à assumir um papel que já não é fácil, tendo em vista a história de vida do adotando, e ainda mais sob a ameaça de ser enquadrado como criminoso, no exercício da difícil tarefa de contribuir para a construção de pessoas conscientes de direitos e deveres.

Sabemos que exisitem muitos casos de pais que ultrapassam os limites no castigo aplicado aos filhos, mas para esses já existem Leis para puní-los. Então, essa tal Lei da Palmada, seria uma maneira do governo de aliviar a sua responsabilidade nessa questão ?
Generalizar é mais fácil do que analisar caso a caso.
Que sociedade queremos construir ?
Veja mais sobre o tema e participe dessa discussão no link abaixo:

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Motivações nas dependências químicas - mini-palestra Grupo de Apoio Familiar

A Obra Assistencial Pe. Pio convida á todos para o encontro do Grupo de Apoio Familiar, que acontecerá nesse dia 18 de novembro, as 19:00 hs,  onde haverá uma mini-palestra e reflexão com o psicanalista Gilson Tavares, tendo  como tema “as motivações nas dependências químicas”.
Você é nosso convidado.
A Obra Assistencial Pe. Pio fica na Rua Oliveira Lima, 1009 – Boa Vista – ao lado da Igreja da Soledade. Recife-PE
Maiores informações pelo fone 3222-8927

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Como lidar com o Estresse

O estresse, ou stress, é o resultado de processos fisiológicos e mentais, desenvolvido ao longo da evolução das espécies, que tem como finalidade aumentar a chance de sobrevivência de um organismo, fazendo com que ele, de forma instantânea e involuntária, responda á agressões e ameaças externas, levando ao comportamento de lutar ou fugir.

O estresse não é algo ruim. Pelo contrário, ele é necessário para impulsionar o homem à reagir diante da ameaça eminente. Torna-se um problema quando situações estressantes são constantes, pois, para produzir os comportamentos de enfrentamento da causa do estresse, o corpo libera substâncias químicas que, após passado a situação estressora, são metabolizadas pelo organismo, e, em estresse constante, o organismo não consegue se livrar dessas substâncias , tendo como conseqüência o surgimento de doenças, físicas e psíquicas.

Na sociedade atual, tendo distante os motivos que levaram ao surgimento do processo do estresse, como o enfrentamento de feras perigosas e as caçadas, por exemplo, temos como maior fonte de estresse, o relacionamento com o outro e com as exigências da vida moderna.

Como forma de evitar ou de administrar melhor situações estressoras, várias estratégias podem ser adquiridas: aceitar as próprias limitações e as limitações do outro; admitir que somos apenas humanos e que, da mesma forma que precisamos de tempo para aprender, andar e comer, precisamos também de tempo para compreender a nós mesmos e mais tempo ainda para compreender o outro e suas limitações.

Me compreender, aceitar minhas limitações, aceitar a limitação do outro, planejar melhor as ações, são sugestões para lidar melhor com o estresse.

Roziane Oliveira
Psicopedagoga & Psicanalista
rozi_pe@yahoo.com.br

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Dependência química, psicopatologias, distúrbios do comportamento. Se você convive ou conhece alguém que convive com isso, essa notícia vai lhe interessar.




Nessa sexta-feira, dia 16 de setembro, às 19:00 hs, teremos encontro do Grupo de Apoio Familiar, na Obra Assistencial Pe. Pio, na Av. Oliveira Lima, 1009 – Bôa Vista-Recife – Ao lado da Igreja da Soledade.

A obra assistencial Padre Pio, pertencente a Comunidade Obra de Maria,  há anos oferece à comunidade, atendimento psicanalítico e psicológico de qualidade reconhecida. E agora, dando continuidade à sua missão de aliviar a dor de quem sofre, oferece um serviço de apoio aos familiares de dependentes químicos ou portadores de problemas comportamentais.

O objetivo do Grupo de Apoio Familiar da Obra assistencial Padre Pio é contribuir para que famílias que tenham membros dependentes químicos (álcool e outras drogas),  portadores de psicopatologias (bipolar, esquizofrenia, depressão, etc),   ou portadores de transtornos comportamentais (transtornos da personalidade, transtorno da conduta, etc), possam encontrar formas saudáveis de lidar com o problema e possam encontrar meios de re-estabelecer a harmonia familiar.

Os encontros do Grupo de Apoio Familiar, acontecem sempre nas primeiras e terceiras sextas-feiras de cada mês, as 19:00 hs, na Obra assistencial Padre Pio, na Av. Oliveira Lima, 1009 – Bôa Vista – Ao lado da Igreja da Soledade.

Mais informações pelo fone: 3222-8927

Esse grupo nasceu da constatação, durante atendimentos à dependentes químicos, portadores de psicopatologias e portadores de distúrbios do comportamento, de que a família, na maioria dos casos, é quem mais sofre quando tem um de seus membros afetados por psicopatologia ou por comportamentos que levam à desarmonia do ambiente familiar.

Visando minimizar esse sofrimento, a coordenação do grupo provoca os participantes à troca de experiências, o estudo de casos, a busca de conhecimento das causas e de como lidar com as situações e a busca de caminhos possíveis.

Visando também permitir a participação, independente de limites geográficos, foi criado um site, que favorece a participação online.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

E da família, quem cuidará ? Grupo de Apoio Familiar-Obra Assistencial Pe. Pio



A obra assistencial Padre Pio, pertencente a Comunidade Obra de Maria,  há anos oferece à comunidade do Recife e redondeza, atendimento psicanalítico e psicológico de qualidade reconhecida.

A Obra assistencial Padre Pio mantém no seu quadro de profissionais: psicanalistas, psicólogos e assistente social, que atendem as mais variadas necessidades, inclusive acompanhamento nas psicopatologias como: depressão, bipolar e esquizofrenia. Como também nos casos de dependência química e transtornos comportamentais.

Dando continuidade à sua missão de aliviar a dor de quem sofre, oferece também um serviço de apoio aos familiares de dependentes químicos ou portadores de problemas comportamentais.

O objetivo do Grupo de Apoio Familiar da Obra assistencial Padre Pio é contribuir para que famílias que tenham membros dependentes químicos (álcool e outas dogas),  portadores de psicopatologias (bipolar, esquizofrenia, depressão, etc),   ou portadores de transtornos comportamentais (transtornos da personalidade, transtorno da conduta, etc), possam encontrar formas saudáveis de lidar com o problema e possam encontrar meios de re-estabelecer a harmonia familiar.

Nos encontros do Grupo de Apoio Familiar, acontecem troca de experiências, troca de conhecimentos, estudos, orientações comportamentais, orientações jurídicas, etc.

Os encontros do Grupo de Apoio Familiar, acontecem sempre nas primeiras e terceiras sextas-feiras de cada mês, as 19:00 hs, na Obra assistencial Padre Pio, na Av. Oliveira Lima, 1009 – Bôa Vista – Ao lado da Igreja da Soledade, Recife-PE.

Esse encontro pode mudar a sua vida e a da sua família.

Mais informações pelo fone: (81) 3222-8927

Apoio:
Portal Comportamento Humano
 

Por que o portador de Transtorno de Personalidade Anti-Social (psicopata) não se beneficia de psicoterapias ?



A energia que move as mudanças nas psicoterapias é o sofrimento,  que leva o indivíduo à buscar e promover mudanças na sua vida. 

O portador de personalidade anti-social, também denominado de psicopata,  tem uma deficiência no módulo de sentimentos na sua estrutura cerebral, o que faz com que o mesmo não tenha sentimentos como: remorso, arrependimento, culpa,etc. Não tendo esses sentimentos, também não tem sofrimentos. E, não havendo o sofrimento, também não há motivação para mudança.

O portador de personalidade anti-social não sofre, ele causa sofrimento nos outros por onde passa. Dessa forma, por não sofrer, ele não busca psicoterapias, e, mesmo que lhe seja imposto à participar de psicoterapia, a mesma não surtirá efeito, pois, se não existe sofrimento, também não existe busca de mudança.

No máximo, o portador de personalidade anti-social, quando participa de psicoterapia, aprende a identificar o que esperam dele, e, passa a agir dentro dessas expectativas, não por ter sentido necessidade de mudar, mas para se adaptar às necessidades da situação. O que significa que, assim que a necessidade de agir em acordo com as exigências do ambiente cessar, ele voltará a agir em acordo com o seu modo de ser.

 Para saber mais sobre psicopatia:

Psicopatia e sociopatia, nomeando a maldade.

O que é um psicopata/sociopata, como se defender dele. Falta de empatia, remorsos, afeto, caráter deformado e falta de valores morais e éticos são sas principais características.

Página com artigos, pesquisas, vídeos, links e filmes relacionados.

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Para saber mais sobre o comportamento humano:
Para quem quer saber mais sobre o ser humano e o comportamento humano.
 

 
 





quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Por que o psicopata não muda, nem mesmo no sofrimento, como é o caso de Léo, da novela Insensato coração ?



O ser humano, apesar de ser um “Ser racional”, na maioria das vezes tem suas ações guiadas pela emoção. O psicopata é frio e incapaz de sentir emoção verdadeira.

Para a maioria das pessoas, o que lhe impulsiona à mudanças de vida: que seja em procura de melhores condições de vida ou para fugir de situações que lhe causem sofrimentos, é a angústia interior, é a necessidade que todo ser humano tem de viver em paz com a sua consciência, de saber que fez o seu melhor.

O psicopata não tem a capacidade de sentir a dor emocional. A dor da perda, que é a causa de maior sofrimento para a maioria das pessoas, pelo sentimento de falta que isso representa, para ele, não representa a perda de um objeto simbólico, mas, como um predador que ele é, representa apenas a perda de uma presa em potencial ou a perda de uma situação vantajosa para ele.

O psicopata não sofre de verdade. Sofre apenas, as vezes, pelas conseqüências de seus atos, como uma punição ou vingança, por exemplo. O que significa que ele não tem motivação para mudar seus comportamentos, mas apenas para eliminar a causa de seu sofrimento. Uma vez livre da punição ou vingança, o psicopata retorna ao seu estado natural de ser.

O psicopata não é um doente, nem também é alguém que está passando por uma “fase” , mais rebelde ou agressiva da vida. Mas, é um “Ser” que pensa diferente, que age diferente e que sente diferente.

Sendo assim, nem o uso de alguma droga medicamentosa, nem o recurso de psicoterapias, nem o extremo da punição ou vingança, irão surtir nenhum efeito sobre o modo de ser e existir do psicopata.

Na melhor das hipóteses, caso não consiga manter distância de alguém com tal disfunção do existir, o que é mais recomendável, mas nem sempre possível, é procurar manter um distanciamento afetivo, evitar envolvimento emocional e tomar precauções, no sentido de permitir o menor estrago possível, já que, dificilmente, se cruza o caminho de um psicopata sem pagar um preço alto por isso.
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Veja mais sobre psicopatia em:
Psicopatia e Sociopatia: os nomes da maldade
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Veja mais sobre o comportamento humano em:
Portal Comportamento Humano


quinta-feira, 23 de junho de 2011

Uso abusivo do álcool e outras drogas, o melhor caminho não seria a prevenção ?

DROGAS -TÔ FORA



“Aos homens não basta saber que existem, mas para quê existem.”
Viktor Frankl, psiquiatra austríaco, sobrevivente dos campos de concentração nazistas.


Muito se tem falado sobre os problemas sociais, familiares, financeiros e de saúde pública, decorrentes do uso abusivo do álcool e de outras drogas. Vários caminhos são apontados, como: monitorar o uso das drogas, visando a redução dos danos provocados por esse uso; legalizar o uso de drogas, como se isso a tornasse menos maléfica; admitir que a sociedade perdeu a guerra contra as drogas, reconhecendo a decadência de uma sociedade sem ética e sem valores.
Mas, pouco se escuta falar sobre a prevenção ao uso abusivo do álcool e de outras drogas, pouco, ou quase nada, se faz a respeito das motivações que levam as pessoas a buscarem nas drogas um sentido para suas vidas vazias e que buscam nas drogas a coragem para enfrentar as dificuldades e frustrações inerentes ao existir.

Mas, afinal!

O que é DROGA ?
Segundo a Organização Mundial de Saúde, droga é qualquer substância que altera o funcionamento do organismo e que não é produzida por ele.

TODA DROGA É ILÍCITA ?

Drogas psicoativas ou psicotrópicas
O que é uma droga Psicoativa ou Psicotrópica ?
É a substância química que age principalmente no sistema nervoso central, onde altera a funçãocerebral e temporariamente muda a percepção, o humor, o comportamento e a consciência.

A humanidade convive com o uso de drogas há mais de 6.000 anos, sem que isso fosse motivo de preocupação.
Diversas drogas têm sido consumidas com finalidades terapêuticas, religiosas ou lúdicas.
Somente a partir de século passado que o seu consumo tem atingido proporções preocupantes.
As conseqüências do uso abusivo de drogas refletem nas famílias, no trabalho, no trânsito, na criminalidade etc.

A liberdade dos usos e costumes levou ao abuso das drogas.

Drogas psicoativas ou psicotrópicas
Drogas depressoras;
são aquelas que tornam mais lento o funcionamento do sistema nervoso central.

Drogas estimulantes;
são aquelas que aceleram o funcionamento do sistema Nervoso central.

Drogas perturbadoras;
produzem alterações no funcionamento do cérebro.

Drogas depressoras
Podem causar sonolência e, por causa disto, algumas dessas substâncias também são chamadas de “sedativos” ou “hipnóticos”.
Várias delas são usadas com fins médicos, como os os indutores de sono e anestesia.
Também as bebidas alcoólicas são consideradas drogas depressoras.

Drogas depressoras
Álcool;
Ansiolíticos;
São drogas que diminuem a ansiedade. Também conhecidas como tranquilizantes.
Solventes / Inalantes;
substâncias fazem parte da composição de vários produtos de uso doméstico ou industrial, como:
Colas, produtos de limpeza que contém nitrito, lança-perfume, thinner, acetona, esmalte, etc.
Opiáceos;
Drogas usadas na medicina como analgésicos.

Drogas estimulantes
Aceleram o funcionamento do sistema nervoso central provocando:
Agitação;
Excitação;
insônia e outros efeitos comportamentais.

Drogas estimulantes
Cocaína ( pasta, pó, crack, merla ou oxi );
Anfetaminas;
Substâncias que não existem na natureza, produzidas em laboratórios.
Inicialmente, foram usadas para diminuir o cansaço e afastar o sono, depois passaram a ser usadas para diminuir o apetite e, mais recentemente, com a finalidade de obter prazer e euforia.
Durante a Segunda Guerra Mundial, usada pelos militares para aumentar a disposição a para inibir o medo.

Drogas estimulantes
Nicotina;
A forma mais comum de consumo de nicotina é em cigarros.

Drogas perturbadoras
Podem alterar o modo como funciona nosso cérebro, produzindo manifestações como alucinações, delírio ou alteração da capacidade de avaliar distâncias e tempo.

O que são alucinações ?
A pessoa pode ouvir ou ver coisas que não existem ou sentir na pele como se estivesse sendo tocada.

O que são delírios ?
A pessoa pode ter um julgamento errado da realidade como, por exemplo, achar que tem poderes sobrenaturais ou que está sendo perseguida, quando isto não está acontecendo.

Drogas perturbadoras
Maconha;
Êxtasse;
substância com efeitos mistos, tanto estimulantes como perturbadores, sendo usada na forma de comprimidos .
LSD
considerado a mais potente droga alucinógena. É um líquido claro, usado em gotas ou “selinhos” com figuras e desenhos (pedaços de papel impregnado com LSD).

Por que as pessoas usam álcool e outras drogas?
Existem muitos fatores que influenciam o uso do álcool e de outras drogas, mas, sem dúvida, o mais importante é pela capacidade de estas substâncias produzirem prazer e reduzirem sensações desagradáveis.

Cada droga age de um modo, mas todas as drogas de abuso agem, direta ou
indiretamente, em um mesmo local do cérebro, responsável pelas sensações
de prazer.
Normalmente, esta região do cérebro é estimulada quando sentimos prazer determinado por causas físicas, como comer por exemplo, ou por causas psicológicas, como olhar para uma paisagem bonita ou escutar uma música da qual gostamos.

Cada área do nosso cérebro tem muitas funções. Veja algumas delas e o local onde agem as drogas, causando prazer (área de recompensa), na região central.

Todas as drogas de abuso (incluindo o álcool) fazem com que nosso cérebro libere maior quantidade de uma substância chamada dopamina , que age na comunicação entre os neurônios (por isto chamada de “neurotransmissor”).

Este aumento de dopamina gera uma sensação de prazer.

Quando uma droga é usada repetidamente, nosso corpo tenta se adaptar às mudanças que ela provoca. No início, estas mudanças podem ser benéficas para o organismo, mas, logo podem levar a vários problemas. As alterações que ocorrem com o uso repetido do álcool podem diminuir alguns dos seus efeitos e, quando isto acontece, uma dose não provoca mais o mesmo efeito, é preciso aumentar o número de doses para ter a mesma sensação que se tinha antes.
Neste caso, diz-se que a pessoa está “tolerante” àquele efeito.
Este fenômeno, a tolerância, é comum nas pessoas que se tornaram dependentes.
Em geral, a tolerância ocorre para os efeitos depressores das drogas.

Quando uma pessoa para de beber de repente, porque quis ou por alguma circunstância especial, ela pode entrar no que se chama de “síndrome de abstinência”.
Nos estados de abstinência das drogas, em geral, a pessoa apresenta sintomas opostos aos observados quando ela está sob o efeito agudo das drogas.

Isto acontece porque para “se acostumar” aos efeitos das drogas o organismo se modificou, mas estas mudanças só funcionam bem enquanto a pessoa estiver sob o efeito da droga.
Se a droga for retirada a pessoa pode “passar mal”. Isto causa uma sensação de desprazer (sintomas da “síndrome de abstinência”), que poderá levar a um forte desejo (ou “fissura”) de usar a droga novamente.

O que é a dependência ?
A dependência pode ser definida como:
“a perda da liberdade de escolha”, isto é, a pessoa não escolhe mais se vai beber ou usar outras drogas e o quanto vai ingerir.
Perdeu o controle sobre esta decisão.

As pessoas podem fazer uso do álcool ou de outras drogas de várias formas:
Experimental;
recreativo (ou social);
problemático;
nocivo (ou abusivo);
dependente de álcool e outra droga.

Uso experimental
Muitas pessoas experimentam uma ou mais drogas algumas vezes na vida, porém não continuam a usar.
As razões para deixar de usar podem ser muitas, entre elas:
perda do interesse (queriam apenas “matar a curiosidade”);
medo de se tornarem dependentes;
não terem gostado dos efeitos;
por considerar errado ou que faz mal;

Uso recreativo (ou social)
Algumas pessoas usam álcool e/ou outras drogas somente em certas situações: como festas, reuniões com amigos ou momentos de lazer.
Neste caso, esse padrão de uso chama-se recreativo ou social e, em geral, não afeta a vida da pessoa, seja no trabalho, no estudo, nos relacionamentos sociais ou familiares.

Uso problemático
Quando a pessoa usa álcool e/ou outras drogas de modo a causar problemas para ela mesma ou para outras pessoas, dizemos que ela tem um padrão de uso problemático.
Dependendo da quantidade de problemas que este uso traz, ex.:
problemas em casa ou no trabalho, problemas financeiros etc.), podemos dizer que esta pessoa faz um uso abusivo (ou nocivo) ou então podemos dizer que esta pessoa está dependente da droga.

O usuário é considerado dependente se apresentar três ou mais dos sintomas abaixo, nos últimos 12 meses:
apresenta Tolerância - precisa usar quantidade maior da droga para conseguir o mesmo efeito que tinha inicialmente;
apresenta “Síndrome de Abstinência” - quando a droga não é usada, a pessoa sente mal-estar físico ou psicológico;
usa a droga para aliviar esse mal-estar ;
tenta diminuir ou controlar o uso da droga, sem conseguir ;
usa a droga em maiores quantidades e por um tempo maior do que desejava ou tinha planejado;
abandonou ou diminuiu atividades sociais, profissionais e de lazer, por causa do uso da droga;
gasta muito tempo tentando conseguir a droga, usando ou se recuperando de seus efeitos;
continua usando, mesmo sabendo que o consumo da droga é responsável pelos problemas físicos ou psicológicos apresentados.

Efeitos físicos e mentais do uso agudo da cocaína e das anfetaminas:
euforia (sensação de alegria e bem estar); grandiosidade (sensação de ser poderoso); hipervigilância (estado de alerta exagerado);
Irritabilidade, agitação, prejuízo do julgamento;
taquicardia (aumento da freqüência dos batimentos do coração);
Aumento da pressão arterial e arritmias cardíacas (alteração do padrão normal da freqüência de batimentos cardíacos);
suor, calafrios, dilatação das pupilas;
alucinações ou ilusões visuais e táteis (em doses muito altas);
idéias paranóides (sensação de estar sendo perseguido ou de que alguém quer prejudicá-lo ou atacá-lo);
Convulsões.

Efeitos físicos e mentais do uso crônico da cocaína e das anfetaminas:
no coração
diminuição da quantidade de oxigênio, glicose e outros nutrientes transportados pelo sangue;
acelera os batimentos, aumento da pressão arterial, podendo levar ao infarto agudo e arritmias cardíacas que podem ser fatais.
no cérebro
acidentes vasculares cerebrais, os chamados “derrames”;
convulsões semelhantes às da epilepsia;
isquemia (insuficiente chegada de oxigênio, glicose e nutrientes aos órgãos);
diminuição da atenção, concentração e memória entre usuários de cocaína;
alterações pulmonares quando a cocaína é fumada (crack, merla), semelhantes a um quadro de pneumonia grave, que pode ser fatal.

Além dos danos relatados acima, transtornos psiquiátricos podem ser induzidos pelo uso dos estimulantes.
Quadros como ansiedade e depressão podem ocorrer mesmo com pouco tempo de uso moderado.
Após o uso em maiores quantidades, durante mais tempo e principalmente sob forma injetável ou fumada, quadros mais graves como as psicoses podem ocorrer.

Problemas psiquiátricos e comportamentais associados ao uso de álcool e outras drogas

Em Psiquiatria, as doenças são chamadas de “transtornos”.
A maioria dos transtornos psiquiátricos muda o comportamento das pessoas.
Isto pode levar o familiar ou outras pessoas a acharem que não se trata de doença e confundirem isto com “má vontade”, “birra”, “preguiça” ou outras coisas.

Os “transtornos do humor” estão entre as doenças mentais que muitas vezes
ocorrem junto com transtornos ligados a álcool e outras drogas.
DEPRESSÃO
Sintomas de depressão:
Tristeza;
Desânimo;
falta de esperança;
perda de apetite ou ganho de peso;
excesso de sono ou falta dele;
falta de concentração;
pessimismo (acha que tudo vai dar errado);
não sentir prazer com quase nada.

MANIAS
Sintomas de mania:
falar exageradamente;
comportamentos ousados que não fazem parte de seus hábitos, como por exemplo, aumento exagerado da vontade de ter relações sexuais ou comprar compulsivamente artigos dos quais não precisam (e às vezes não têm condições de pagar);
perda de sono e ausência de cansaço;
alteração de estado de alegria extrema sem motivo aparente para irritação e agressividade;
agitação exagerada.

Outros transtornos psiquiátricos afetados pelo uso do álcool e outras drogas:
Transtornos de ansiedade
A ansiedade muitas vezes parece um tipo de medo, sem um motivo real que possa ser considerado suficientemente importante para causá-lo.
Sintomas possíveis no transtorno de ansiedade
inquietação e perturbação;
ausência de sensação de paz;
preocupações exageradas, desproporcionais ao problemas.

Outros transtornos psiquiátricos afetados pelo uso do álcool e outras drogas:
Esquizofrenia
A doença pode ter início com os chamados “surtos”, que são períodos de perda do contato com a realidade: ouvir vozes, ver coisas que só existem na imaginação destas pessoas e que elas acreditam que são de verdade.
Elas podem ter pensamentos estranhos e confusos, às vezes com grande agitação e agressividade, sendo difícil compreendê-las.
Durante os “surtos” esquizofrênicos, as pessoas não conseguem avaliar corretamente o que acontece consigo mesmas ou ao seu redor.
Por isso, elas podem ter atitudes estranhas que podem prejudicar a elas mesmas ou aos outros.

Outros transtornos psiquiátricos afetados pelo uso do álcool e outras drogas:
Transtornos de personalidade
Alguns problemas mentais que são chamados de “transtornos de personalidade“ não chegam a impedir que as pessoas saibam diferenciar o que é realidade e o que é fantasia, mas podem atrapalhar muito sua vida familiar e social.
Estes problemas são comuns em pessoas que têm problemas com consumo abusivo de substâncias.
Um dos tipos mais conhecidos é o chamado “transtorno de personalidade antisocial”.

Sinrtomas do Transtornos de personalidade Anti-social:
não se preocupam com as conseqüências de seus atos;
fazem as coisas sem pensar, podendo ser às vezes violentas;
sentem pouco remorso ou culpa pelo que fazem e que possa prejudicar
outras pessoas.

Fatores de risco do uso de drogas
Área pessoal
baixa auto-estima;
isolamento social;
curiosidade;
não aceitação das regras sociais estabelecidas;
pouca informação sobre drogas;
comportamento agressivo;
fatores genéticos.

Fatores de risco do uso de drogas
Área familiar
falta de envolvimento afetivo familiar;
ambiente familiar problemático;
educação familiar frágil;
consumo de drogas pelos pais ou outros familiares.

Fatores de risco do uso de drogas
Área social
baixo envolvimento com os estudos;
envolvimento em atividades ilícitas;
amigos usuários de drogas ou com;
comportamento inadequado;
propagandas de incentivo ao consumo;
pressão social para o consumo;
falta de oportunidade de trabalho e divertimento.


Fatores protetores do uso de Drogas
Área pessoal
elevada auto-estima;
religiosidade;
crenças nas regras sociais estabelecidas;


Fatores protetores do uso de Drogas
Área familiar
bom relacionamento familiar;
pais e/ou familiares presentes e participativos;
monitoramento das atividades dos jovens;
pais e/ou familiares que transmitem regras claras de comportamento para os jovens.

Fatores protetores do uso de Drogas
Área social
comprometimento com a escola;
amigos não usuários de drogas e não envolvidos em atividades ilícitas;
baixa disponibilidade ou oferta da droga;
forte vínculo com instituições (escola, igreja);
oportunidade para trabalho e divertimento.

Família
A família pode atuar como um fator de risco ou protetor para o uso de substâncias psicoativas.
Em primeiro lugar, temos o fator genético:
Filhos de dependentes de álcool e/ou drogas apresentam risco quatro vezes maior de também se tornarem dependentes!!!!
Mas o desenvolvimento da dependência irá depender da interação de:
aspectos genéticos;
características de personalidade;
fatores ambientais, que poderão ser protetores ou de risco para o uso de substâncias.

Fatores internos
Analisando-se os fatores internos que podem facilitar o uso de álcool e outras drogas, destacam-se:
Insatisfação;
Insegurança;
sintomas depressivos.

Nessa sociedade que privilegia o ter; transformando a pessoa em simples instrumento, que prega ideais de bem viver; e que controla, pela mídia, as maneiras de pensar, sentir e agir dos indivíduos, se vê frente a um vazio interior, sintoma de uma forma social de viver sem sentido.
Ao perceber esse vazio, tende a preenchê-lo com coisas materiais, com o que sempre foi condicionado a fazer: consumir.
Incapaz de trabalhar seus problemas e crises íntimas, busca "soluções" apenas no mundo das exterioridades ou aparências.
Nessa procura, pode ir ao encontro das drogas, legais e ilegais, que acenam como "solução mágica" para a vida continuar "sem problemas".


“Os psicotrópicos substituem o compromisso do sujeito de enfrentar a realidade”

O que distingue então o usuário do dependente de drogas?

O dependente é um indivíduo que se encontra diante de uma realidade objetiva ou subjetiva insuportável, realidade esta que não consegue modificar e da qual não consegue se esquivar, restando-lhe como única alternativa a alteração da percepção desta realidade.
Esta alteração da percepção da realidade pode ser por ele obtida através do uso da droga.
Usa-se então as drogas para anestesiar o sofrimento e bloquear a possibilidade de sentir dor emocional.
O dependente torna-se emocionalmente insensível com a drogadição, arruinando-se e a seus projetos.
O dependente não adoece por ter começado a tomar drogas; mas, por já estar adoecido existencialmente, faz das drogas uma tentativa de "solução" ou "cura" de suas feridas mais íntimas.

O desejo de encontrar um significado para a própria vida é o que faz a vida valer a pena. O homem é livre para escolher seu caminho e encontrar o sentido para sua existência. A vontade de sentido é o que move o ser humano.
“Aos homens não basta saber que existem, mas para quê existem.”
Viktor Frankl, psiquiatra austríaco, sobrevivente dos campos de concentração nazistas.

Somos livres para assumirmos uma postura frente ao mundo, mas somos responsáveis por esta escolha.
Temos que assumir então, em conseqüência de nossa liberdade, a responsabilidade por tais escolhas, com as conseqüências que advêm de nossas ações.
Cabe a cada ser humano perceber e superar as suas culpas.
Se percebemos que a vida realmente tem um sentido, percebemos também que somos úteis uns aos outros. “Ser um ser humano é trabalhar por algo além de si mesmo.”

Nós somos o arquiteto que constrói nosso estado de felicidade.
Quando nos depreciamos, construímos imagens feias e destrutivas em relação a nós, realizando uma construção mental a nosso respeito. Essa construção sai do plano mental e se materializa.
Quem tem flexibilidade de pensamento e comportamento tem opções disponíveis.
A felicidade não é produto da sorte, do destino, da herança genética ou social, nem de qualquer outra forma de determinação.
A felicidade tem que ser conquistada.

Segundo Augusto Cury, no livro A pior prisão do mundo, “A sabedoria de um homem não está em não errar e não passar por sofrimentos, mas no destino que ele dá aos seus erros e sofrimentos.
Os sofrimentos podem nos destruir ou nos enriquecer.”
Ao aceitar as próprias falhas, planejamos mudanças para não repetir o erro e exercemos o poder de nos perdoar.

Só podemos provocar udanças em nossas vidas, mudando nossos comportamentos e atitudes.
Somos responsáveis diretos pela construção do nosso caminho, e o nosso destino depende das nossas escolhas.

Haverá um dia em que questionaremos nossas escolhas e ações, e seja qual for o caminho que tenhamos escolhido, sempre haverá lágrimas e sorrisos. O que irá fazer a diferença e trazer alívio para a alma, será saber que fizemos o melhor que podíamos ter feito.
Gilson Tavares
(psicanalista e educador)

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quarta-feira, 20 de abril de 2011

Oxi, a nova droga da morte, ainda mais devastadora que o crack

O oxi, uma espécie de crack piorado, que tem em sua composição até a cal virgem e querosene, tem um poder de destruição ainda maior e mais rápido que o famigerado crack.

Além da devastação provocada no sistema nervoso, pulmão, fígado, rim, sistema digestivo e complicações renais, o oxi também representa de forma gritante a degradação humana.

Veja mais sobre o assunto:

Oxi: a nova droga na fronteira amazônicaMatéria mostra que desde 2005 o oxi já era um tema preocupante no norte o país.

Oxi, a nova droga devastadora
Matéria de dezembro 2010. Muito consistente, inclusive com alguns vídeos.

Oxi, que pedra é essa ?
Matéria muito explicativa sobre o oxi.

Efeito devastador do oxi no organismo.

Matéria mostra a gravidade do consumo do oxi.

Matéria mostra, além dos efeitos orgânicos do consumo do álcool, as consequências morai, socias e policiais do seu consumo.

Reportagem do Jornal Hoje sobe a chegada do oxi em São Paulo. 

Reportagem do Conexao Repórter sobre o oxi.

Notícias atualizadas sobre o oxi.


Veja mais sobre dependência química.

Veja mais sobre o comportamento humano.

sábado, 16 de abril de 2011

Como age o psicopata, Léo toma lugar do gerente – Insensato coração

As novelas sempre procuraram retratar os diversos tipos encontrados na sociedade. Praticamente toda novela sempre destaca um ou mais personagem que apresenta claramente defeitos do caráter. Há algum tempo, tem sido trabalhado de forma mais explícita a presença de psicopatas e a sua ação destruidora nos ambientes por onde transitam.

Na novela Insensato coração, da Rede Globo, estamos acompanhando o percurso de um personagem que a cada capítulo demonstra mais o seu desvio de caráter, marcado pelo rastro de destruição que tem causado em seu caminho.

Vimos a destruição que o personagem causou no seio da sua família, por conta de suas tramas e armações. Culminando na total desfacelação da estrutura familiar.

Acompanhamos também as várias armações que o mesmo tramou, e que acabou de certa forma também se dando mal,.como se fosse uma sequência de atos que servem de aprendizado para a sua infinita ganância e desejo de se dar bem, sempre tirando proveito de alguém. Mas, apesar dele, no final, não ter se dado bem em suas trapaças, as suas vítimas sempre acabaram pagando caro por ter atravessado seu caminho.

Em recente capítulo, vimos o mesmo montar esquemas para destruir a carreira de funcionários e gerente do hotel onde se empregou, com o objetivo de ocupar o lugar do chefe.

Sempre que pensamos em psicopatas, vem na nossa mente a figura de um sanguinário, agredindo e matando a todos que passam pelo seu caminho. Mas, como outras patologias, a psicopatia, apesar de não ser um mal fisiológico e sim um defeito do caráter, também tem as suas diversas graduações, desde os que vivem aplicando pequenos golpes, chegando aos assassinos frios.

Talvez, e esse deve ser o papel dos personagens das novelas, o mais importante seja aprender a como lidar com esse tipo de pessoa, principalmente aprendendo a identificar as suas características, e, sempre que possível, procurar se afastar deles o mais que seja possível.

Veja mais sobre psicopatia